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Caixa reserva R$ 64 milhões para microempreendedores neste ano

Disponível nas 2.250 agências da Caixa Econômica Federal – CEF, o Crescer - Programa Nacional de Microcrédito Orientado – PNMPO oferece empréstimos a microempreendedores de diversos ramos. As linhas de financiamento têm teto de R$ 15 mil, com taxa de juros de 0,64% ao mês ou 8% ao ano. O tíquete médio varia de R$ 1 mil a R$ 2 mil, com prazo de pagamento de 4 a 24 meses. "A média das operações deverá ficar na casa dos R$ 2 mil. A expectativa é de fechar 56 mil contratos até dezembro, num total de R$ 64 milhões", afirma Ivan Domingues das Neves, superintendente nacional de programas sociais da CEF. O executivo acredita que, ano que vem, a carteira de empreendedores chegue a 300 mil contratos e R$ 345 milhões. "Para 2013, a projeção é de 730 mil contratos e R$ 850 milhões". A abertura de conta e o empréstimo à pessoa física são aprovados mediante a apresentação do CPF e do nome limpo. Kátia Magalhães Barbosa, 49 anos, moradora do Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, no Rio, onde há agência da CEF, obteve microcrédito de R$ 1 mil. Há 16 anos, ela vende doces, refrigerantes, água de coco e pipas em banca de madeira na porta de casa. "Com o dinheiro, vou colocar uma estrutura de alvenaria", conta. Ao lado do Rio, Porto Alegre/RS, e Guarulhos e São Bernardo do Campo, ambas da região metropolitana de São Paulo, foram as primeiras cidades a ter o PNMPO. "Já a partir deste mês todas as agências da Caixa do país terão um agente voltado ao microcrédito", afirma Neves. "São Paulo, Rio e Bahia terão concentração maior de financiamento, pois estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas – SEBRAE mostra que são os estados com maior número de microempreendedores com o perfil do Crescer." Consultor do SEBRAE-SP, Luiz Ricardo Grecco diz que um fator positivo do programa é obrigar os bancos a destinar 2% dos depósitos à vista para essas operações. "Seria mais barato deixar o dinheiro parado, porque essa operação tem um risco associado grande", avalia. "Mas o microcrédito é um estímulo aos pequenos empresários, assim como medidas do governo como a criação do Empreendedor Individual, que permite constituir empresas com menos burocracia", ressalta. Um exemplo é Maria Andréa Nascimento Silva, 27 anos, dona da DCetin Costuras e Reformas em Gerais, do ABC Paulista, que fez empréstimo de R$ 4 mil que usará na compra de máquina para confecção de roupas de malhas, no valor de R$ 3 mil, e armários. Para atuar na área de microcrédito orientado, a CEF apoia também outro programa, o do Jovem Aprendiz, do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo Neves, já são 575 jovens atuando no Brasil. "Pretendemos chegar em meados de 2012 a 2.500 jovens e 125 supervisores", conta. Como estratégia de conquista de microempreendedores, a CEF também firmou parceria com o SEBRAE e com prefeituras, por meio de postos de atendimento de microfinanças. A CEF estimula ainda a formalização dos trabalhadores autônomos e já tem como clientes 500 mil empreendedores individuais, cujo negócio foi transformado em empresa com CNPJ, mesmo tendo o próprio dono como único empregado. Com contribuição mensal reduzida de 5% do salário mínimo (R$ 27,25), o novo empresário e sua família têm acesso a todos os benefícios da Previdência. "A Caixa voltará atenção também ao público beneficiado pelo Bolsa-Família - 1,2 milhão de famílias com perfil empreendedor", informa Neves. O superintendente da CEF ressalta ainda que a inadimplência não é uma preocupação do setor, pois o acesso ao microcrédito, aliado a uma boa orientação e acompanhamento da aplicação dos recursos, ajudar a tornar os beneficiados bons pagadores. "A perspectiva é de ter uma inadimplência máxima de até 3% nessa carteira", afirma.

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